Road Trip - Alemanha e Bélgica


 Neste post, vamos falar sobre o início da nossa Road Trip, que ocorreu em setembro de 2023, incluindo a primeira noite em Bacharach, na Alemanha, e os dias na Bélgica. Se você está planejando viajar com crianças, aqui estão algumas informações sobre o nosso dia a dia durante a viagem. Se você viaja apenas com adultos, também pode encontrar dicas úteis aqui. Continue lendo, pois essas informações podem ajudar na sua programação de viagem.

 Caso queira saber onde ficamos em cada cidade, o carro que alugamos, etc., é só seguir para o final do post.

 Nosso voo chegou a Frankfurt e, após pegarmos o carro com a Rent A Car (um carro que, por sinal, amamos), fomos direto para Bacharach. Costeamos o Rio Reno e encontramos surpresas maravilhosas em cada curva da estrada. Perdemos a conta de quantos castelos, muralhas e construções medievais cruzamos pelo caminho. O trajeto durava cerca de 1 hora, mas passou super rápido, inclusive para as crianças, que se encantavam com cada castelo nas montanhas que avistavam. Ainda tivemos o privilégio de atravessar o rio em uma “balsa”. Foi um começo de viagem maravilhoso, que se completou quando chegamos à cidade de Bacharach, uma cidade com pouco mais de 2 mil habitantes (isso mesmo, 2 MIL). Fundada nos tempos pré-romanos, possivelmente pelo povo celta, a cidade mantém muitas de suas características antigas. Fizemos check-in em nosso hotel e fomos passear pela cidade. Após mais de 11 horas de voo, tempo no aeroporto e 1 hora de viagem de carro, estava na hora de alimentar e brincar com as crianças. Como estávamos na Alemanha, não perdemos tempo e fomos a um Biergarten, onde comemos um schnitzel. Ali, tivemos a certeza de que não teríamos problemas com a alimentação das crianças nessa viagem. Seguimos passeando pelas ruas da cidade e encontramos um parquinho à beira do Rio Reno. Foi perfeito para o fim de tarde e para gastar um pouco mais da energia das crianças. Voltamos para o hotel com o início da noite, hora do banho e de colocar as crianças para dormir. Eles estavam tão cansados que essa parte foi super fácil. Hora de descansar, porque no dia seguinte pegaríamos a estrada novamente.



 De manhã, fomos surpreendidos com um café da manhã maravilhoso no hotel onde estávamos, demos mais uma caminhada pela cidade e saímos para o próximo destino.

 O objetivo no final do dia era chegar em Bruxelas, aproximadamente 330 km de distância. No entanto, incluímos um passeio neste dia de viagem: o Eltz Castle, que fica a 60 km de Bacharach. Como boa parte do caminho ainda era beirando o Reno, com castelos e pequenas cidades mais lindas que a outra, esse trecho passou rápido e as crianças tinham muito o que observar durante o caminho.

 O Eltz Castle foi um passeio maravilhoso. Há uma boa caminhada do estacionamento até o castelo (caminhada por trilhas na floresta, como em muitos contos de fadas), o que foi perfeito para brincar com a imaginação de uma menininha de 4 anos. Porém, começamos a “sofrer” um pouco, porque não havia como ir com o carrinho, e o Tino foi todo o tempo no canguru. Compramos a visita ao castelo e o conhecemos por dentro. Ele é considerado um dos mais belos castelos da Alemanha, além de ser um dos poucos que nunca foi capturado ou destruído e sobreviveu intacto às grandes guerras. A Di adorou ver o quarto da princesa e diversos itens muito bem preservados. A caminhada de volta foi um pouco mais cansativa, mas foi perfeita para eles poderem descansar no carro durante o restante do trajeto.


(Foto: Eltz Castle / Arquivo pessoal)


 Seguimos nossa viagem, saindo da Alemanha para chegar em Bruxelas. A estrada passava pela Holanda; paramos em um mercado e compramos algumas frutas e sanduíches para um almoço rápido e também para ter lanchinhos para as crianças.

 Chegamos em Bruxelas já no final do dia. Nosso hotel ficava próximo ao centro (escolhemos essa localização para poder sair a pé pela região). Afinal, ir para Bruxelas e não poder tomar uma cerveja porque teríamos que dirigir não estava nos planos. Como bons apreciadores de cerveja, mesmo com as crianças, não íamos deixar de realizar um dos nossos “pequenos sonhos” da vida, que era conhecer o famoso Delirium Café. Mas essa parte eu conto daqui a pouco...

 O quarto do hotel não era grande, mas nos atendeu bem. Tinha uma cama de casal e um berço. A Didi dormia com a gente na cama e o Tino no berço, além de um frigobar e um bom banheiro. Demos banho nas crianças para que, na volta do primeiro passeio pela cidade, elas pudessem ir direto para a cama e saímos para conhecer um pouco de Bruxelas.

 Saímos caminhando pelas ruas; nosso hotel estava praticamente a 1 quadra da Galerie Royales (ou Galerie du Roi, a famosa Les Galeries Royales Saint-Hubert). Aproveitamos para comprar um chocolate belga e seguir o passeio. Entre ruas tomadas por turistas e moradores em restaurantes e bares, chegamos à incrível Grand-Place de Bruxelas. Quando você está no meio dessa praça toda iluminada, entende por que ela é considerada por muitos a praça mais bonita do mundo. Estávamos cheios de energia e com vontade de andar a noite toda por ali, mas com dois pequenos já com sono, decidimos voltar para o hotel. Passamos em frente ao tão sonhado Delirium Café, que na verdade é um beco sem saída com várias entradas para o bar. Como já era um pouco tarde, estava lotado. Pensamos um pouco e decidimos parar no começo da pequena rua para tomar um chopp (aquele tão sonhado por muito tempo). Porém, claro, não deu certo; já era tarde e, após um dia puxado de passeios e estrada, os dois pequenos estavam sem paciência nenhuma. Tomamos nossa cerveja, como se fosse água no deserto, e seguimos para o hotel para colocar as crianças para dormir. Antes de dormir, combinamos que não iríamos embora de Bruxelas sem voltar ao Delirium nem que fosse para comprar um souvenir, e lembramos novamente nosso “mantra” de viagens com crianças: “não crie expectativas”. Mas, para ser justo, foi um dia super agitado e puxado, e as crianças aguentaram mais do que bem.

 No dia seguinte, acordamos no ritmo das crianças, tomamos café (no quarto, com frutas e pães que havíamos comprado no dia anterior) e saímos para uma das cidades que estávamos muito curiosos para conhecer: Bruges, que fica a aproximadamente 100 km de distância (1h e 30min de viagem). E que cidade linda! Cheia de lojinhas incríveis, prédios e construções históricas, e com canais envolvendo toda a cidade. Claro, não podíamos deixar de fazer o passeio de barco. Mais um passeio que as crianças adoraram, vendo patinhos e cisnes no caminho e curtindo o vento e as gotinhas que voavam em seus rostos. Foi um dia de sol e calor que nem vimos a hora passar andando por essa cidade incrível. Voltamos para Bruxelas, com as crianças cochilando o tempo todo, e à noite demos mais uma volta ao redor do hotel para jantar e passear mais um pouco.


(Foto: Arquivo pessoal)


 No sábado, tiramos o dia para andar um pouco mais longe dos arredores do hotel. “Ligamos a marcha” no carrinho (em muitos momentos de caminhada, os dois ficavam juntos no carrinho) e fomos conhecer o mais famoso atrativo da cidade: o Manneken Pis, sim, o famoso menininho fazendo xixi. Aproveitamos e fomos atrás da estátua do cachorro fazendo xixi e, depois de tanto andar pela cidade, terminamos o passeio vendo a estátua da menina que faz xixi... Porém, por uma bela “coincidência” do destino (na verdade, muito bem planejada), a Jeanneke Pis fica exatamente naquele beco sem saída, também conhecido como a rua da Delirium Village. Chegamos lá antes do anoitecer e a rua ainda estava vazia. Pegamos uma mesa (levamos lanchinhos para as crianças) e pudemos enfim saborear uma tábua de 10 cervejas diferentes da Delirium. Enfim, “pequeno sonho” realizado e, para falar a verdade, foi um momento muito acima da expectativa que havíamos criado quando planejávamos nossa viagem.



(Foto: Arquivo pessoal)


 No domingo, programamos para sair de carro e visitar alguns atrativos um pouco mais afastados do centro da cidade. O primeiro destino foi o Atomium. Achamos estranho o fato de as ruas estarem tão calmas, mas como era domingo de manhã, não demos muita importância. Estacionamos o carro tranquilamente e fomos passear no parque ao lado do Atomium e tirar algumas fotos. Já havíamos decidido que não íamos entrar, apenas aproveitar o lado de fora. Na hora de ir embora, começou a complicar: diversas barreiras de polícia fechando as ruas. Então, entendemos que, no domingo, é proibido sair de carro. Simplesmente não entra carro na cidade e, como o Atomium está um pouco mais afastado do centro, não conseguimos voltar para o hotel. As ruas próximas ao nosso hotel só abririam após as 19h. Após alguns minutos perdidos, decidimos ir para uma cidade que gostaríamos de conhecer, mas que não havíamos incluído no roteiro. O destino fez com que ela entrasse em nossa viagem de qualquer jeito: fomos para Ghent, que fica a aproximadamente 40 minutos de carro. No entanto, lá também não era permitido entrar no centro da cidade com carro no domingo. Então estacionamos o carro a algumas boas quadras de distância e começamos a caminhada.




(Foto: Arquivo pessoal)


 E mais uma vez, uma linda surpresa: que cidade encantadora! Castelos, pontes, rios. Em cada lugar que você olha, é surpreendido por algo ainda mais encantador. Almoçamos e passamos a tarde toda por lá. Quando percebemos, já era quase o fim do dia e acabamos chegando em Bruxelas no horário em que as ruas já estavam sendo liberadas.

 Isso nos lembra que é bom ter uma programação, mas devemos nos deixar levar por alguns imprevistos que acontecem no meio da viagem.

 No dia seguinte, íamos seguir viagem em direção a Luxemburgo, mas com uma cidade programada no caminho. Para ser sincero, se soubéssemos o quanto gostaríamos dessa cidade, teríamos reservado pelo menos uma noite por lá.

 De Bruxelas a Dinant ficavam 100 km de distância. Fomos direto para a cidadela de Dinant, estacionamos o carro lá em cima, aproveitamos para almoçar e fomos fazer o passeio. A vista que se tem lá de cima da cidade e do rio Mosa é absurda. Só pela vista já valeria o passeio, mas o museu que foi feito nesse local é algo muito interessante, contando sobre a participação da cidade na Primeira Guerra Mundial, com uma história triste e pesada, incluindo massacre e muitas mortes. No museu, inclusive, recriaram ambientes da guerra. Nesse ponto, não deixamos as crianças entrarem, pois é realmente assustador se sentir presente em uma trincheira de guerra; eles conseguiram montar um ambiente onde você sente cheiros, sons e até a angústia de respirar em um local como aquele. É o tipo de lugar que, quando você sai, passa horas pensando no que as pessoas daquela época passaram. Relembrar a história é sempre importante.

 Descemos para a cidade pelo teleférico, ou “trelelétrico” como diz a Diana, que sempre é uma festa para as crianças. Aproveitamos para fazer um passeio de barco, onde ouvimos um pouco mais sobre a história da cidade, e antes de seguir viagem, paramos para conhecer a Maison Leffe, uma das mais antigas cervejarias da Bélgica, para quem gosta de cerveja, vale a pena o passeio. E depois de comprarmos umas cervejinhas seguimos nossa viagem com destino a Luxemburgo.

 Chegamos no começo da noite em Luxemburgo e, após o banho, fomos dar uma volta pela cidade de carro mesmo. Mas o que vimos em Luxemburgo fica para o próximo post.

 RESUMO DA VIAGEM

 

ONDE FICAR EM BACHARACH e BRUXELAS

Onde ficar é algo muito complexo e que envolve muitas questões, nós sempre buscamos a melhor localização com o melhor preço dentro da nossas questões. Nesta cidade, nós fechamos nossa hospedagem pelo BOOKING.COM, lembrando que temos experiência de anos em turismo, caso tenha alguma dúvida ou insegurança, procure um agente de viagens para te ajudar na organização de sua viagem!

HOTEL em BACHARACH: BACHARACHER HOF

HOTEL em BRUXELAS: NH BRUSSELS GRAND PLACE ARENBERG

 

VIAGEM COM CRIANÇA PEQUENA

Nós usamos o suporte que adapta no carrinho (compramos pela internet, ele encaixa em praticamente todos os carrinhos). Isso ajudou muito durante as caminhadas. E em alguns momentos ela ficava descansando no carrinho e o Tino ia para o colo.

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