Voando para a Ásia com a Turkish Airlines - stop em Istambul
PRÉ-VIAGEM
Nossa viagem para a Ásia começou a ser realmente planejada depois de encontrarmos uma ótima tarifa com a Turkish Airlines. Já contamos um pouco no post "O Começo desse Sonho", confere lá!
No pré-viagem, não tivemos nenhum problema com a companhia. A emissão dos bilhetes foi tranquila. Quando começamos a verificar a questão dos assentos, percebemos que estavam separados. Eu e a Didi ficamos em uma fileira, e Tacio e o Tino, em outra. Claro que não queríamos gastar mais R$400 para mudar. Então, liguei para a companhia e pedi a alteração. A resposta foi negativa (só seria possível mediante pagamento), mas valeu a tentativa! No dia do check-in, nossos assentos estavam juntos (3/1). Talvez alguém tenha sido muito simpático e fez a mudança, ou foi apenas sorte mesmo...
A VIAGEM PARA ISTAMBUL
Nosso voo saiu de Guarulhos no dia 09/12/24 às 23:55, com destino a Istambul. O voo teve uma duração de aproximadamente 12h35min. Escolhemos esse voo principalmente pela tarifa, mas também por ser noturno, o que facilita com as crianças. Elas têm o hábito de dormir por volta das 20h, então estavam bem cansadas quando embarcaram. Jantamos no aeroporto, e logo após o embarque, o Tino já estava dormindo. A Didi, que estava animada para assistir a um desenho no avião, logo caiu no sono também.
O sono não durou tanto quanto imaginávamos, mas o voo foi tranquilo. Quando acordaram, se entreteram com os presentes que ganharam da companhia aérea, e logo veio o café (eles comeram apenas as frutas e o pão).
DICA: Leve sempre lanchinhos que seus filhos estão acostumados a comer, mesmo que solicite a refeição infantil. Pode ser que a criança não aceite bem. Ter algo familiar ajuda muito. Além disso, sempre ofereça água. Isso auxilia o corpo a se adaptar ao fuso horário.
O fuso horário de Istambul é de +6h. Chegamos lá às 18h30 do dia 10/12 (meio-dia e trinta, horário de Brasília). Para as crianças, ainda era hora do almoço, mas a parada foi estratégica, pois seguir direto para a China seria um choque de fuso muito maior.
CHEGANDO EM ISTAMBUL
Reservamos nosso transfer pelo site do Booking. Quando você faz reservas por esses sites, é importante verificar os pontos de encontro, pois podem ser complicados, e você precisa ter internet funcionando. Não queríamos pegar táxi ou Uber na hora, principalmente pelo tamanho do carro que precisaríamos, e também por não querer gastar tanto com transfer de outros meios. O Booking foi uma ótima opção, pois o transfer nos custou 28 Euros com uma minivan (em uma distância superior a 40 km). O motorista era ótimo, e já fechamos o retorno com ele. Se você estiver indo para Istambul, mande-nos uma mensagem ou DM no Instagram, e te passamos o contato.
DICA: Sempre verifique a temperatura da cidade onde vai chegar, mesmo que você ache que vai sair do aeroporto direto para o hotel. Pode ser que você precise esperar um tempo fora. No nosso caso, ficamos cerca de 20 minutos aguardando o transfer ao ar livre, e estava bem frio. Em nossa mala de mão, já estávamos preparados com roupas de frio para as crianças.
ONDE FICAR EM ISTAMBUL
Não temos a pretensão de dar respostas definitivas sobre onde ficar em todas as cidades que visitamos. A maioria dos sites e blogs só indica regiões e hotéis caros, o que é fácil, já que recomendar um hotel 5 estrelas não exige tanto esforço. O que podemos garantir é que, como sempre, pesquisamos muito para esta e todas as nossas viagens. Como já falamos, eu e o Tacio nos conhecemos na faculdade de Turismo e trabalhamos como agentes de viagens por muitos anos. E, claro, gostamos muito de economizar! Sempre priorizando segurança e limpeza, e levando em consideração que estávamos com dois pequenos de 2 e 6 anos. Nem sempre acertamos, mas, nesta viagem à Ásia, posso dizer que tivemos 85% de acertos. Vamos contar tudo para vocês!
ONDE FICAMOS EM ISTAMBUL
Sunlight Hotel & Spa: Localizado no bairro Sultanahmet, esse hotel tem uma excelente localização. Como só tínhamos uma noite e um dia em Istambul, a localização era essencial para podermos fazer tudo a pé.
O hotel em si, pelas fotos e avaliações, parecia melhor, mas não vamos mentir: o elevador e as escadas pareciam saídos de um filme de terror, e o quarto era bem menor do que imaginávamos. Contudo, os lençóis e o banheiro estavam ok. Esperávamos mais, mas o hotel atendeu bem às nossas necessidades para uma noite de stop. O quarto era triplo (uma cama de casal e uma de solteiro).
O valor da diária foi 75 Euros com café da manhã. O café não tinha muitas opções, mas com pães e frutas, agradou as crianças.
O QUE FAZER EM ISTAMBUL
Chegamos no dia 10/12 à noite, no aniversário do papai, mas acabamos perdendo 6 horas do dia devido ao fuso horário. Claro, não iríamos ficar no hotel. Fomos jantar em um restaurante que já havíamos reservado, em frente ao hotel: o Mar Kebab House Restaurant. A comida estava deliciosa!
Primeira dica sobre o que fazer em Istambul: comer! A culinária turca é maravilhosa, e as crianças adoraram. E, claro, experimente e tome chá sempre que possível!
No dia seguinte, acordamos com o som das mesquitas. Após o café, fizemos o check-out, deixamos as malas no hotel e saímos para explorar a cidade. O tempo estava nublado, com garoa de vez em quando (bem frio), mas nada que nos impedisse de passear. Abaixo, alguns dos pontos que conhecemos:
- Grand Bazaar: Provavelmente o mercado mais antigo ainda em funcionamento no mundo, fundado em 1461. Com mais de 60 ruas cobertas e centenas de lojas. Aproveitamos que a chuva aumentou e ficamos mais tempo tomando um chá.
- Ayasofya: Não tivemos tempo de entrar, mas observamos sua beleza de fora. Foi construída para ser a catedral de Constantinopla e já foi museu e, atualmente, é uma mesquita.
- Mesquita Azul: Outra obra arquitetônica impressionante, também apenas vimos de fora.
- Palácio Topkapi: O famoso Portão do Canhão, construído por Maomé II após a conquista de Constantinopla.
- Coluna da Serpente: Coluna de bronze do Hipódromo de Constantinopla, originária de Delfos e transferida para lá por Constantino, o Grande. O visual a noite é incrível (você consegue ver as mesquistas iluminadas).
- Divan Yolu Cad: Rua repleta de restaurantes. Almoçamos por lá e foi ótimo, com diversas opções para todos os gostos.
No retorno ao hotel, caminhamos à beira do Mar de Mármara e do Mar Negro, o famoso Estreito de Bósforo, que separa a parte europeia da asiática. Aproveitamos para ver o pôr do sol no lado europeu, pois naquela noite seguiríamos para o continente asiático.
Andamos o dia todo, e o Tino (o nosso Constantino), entre sonecas e caminhadas, conheceu boa parte de Istambul, a antiga Constantinopla, uma cidade rica em história e religiosidade. A Diana, que desde o primeiro dia de viagem já nos surpreendeu com sua energia, foi a campeã da nossa competição de encontrar gatinhos pela cidade. E nós dois, exaustos no sofá do hotel, nos olhamos e pensamos: "Temos mais 65 dias pela frente, e vai ser demais!".E hoje começando esse relato, garanto para vocês que naquele sofá, eu nem imaginava o quão incrível realmente seria essa experiência de mais de dois meses viajando pela Ásia com a minha familia.
As crianças dormiram no transfer, mas se animaram quando chegamos ao aeroporto. Aproveitamos um tempo em uma sala VIP bem legal, com área kids e lanchinhos gostosos. Nosso voo para Xangai partiu às 23:25.
Saímos de Istambul com a certeza de que precisamos voltar para a Turquia!
Um pouco mais sobre ISTAMBUL...
Antes de viajar, dissemos às crianças que, na China, provavelmente as pessoas iriam tirar fotos com elas e conversar. Preparamos principalmente a Didi, que é mais tímida com estranhos.
Quando chegamos ao hotel em Istambul, durante o check-in, o rapaz da recepção estava fazendo brincadeiras com o Tino, mas ninguém parecia dar atenção à Diana. Logo, no restaurante, a mesma coisa: todos os garçons brincando com o Tino, mas a Didi recebia pouca atenção. Foi aí que ela se indignou e disse: "Por que ninguém fala comigo?"
Na Turquia, 98,8% da população segue o islamismo, e isso se reflete nas regras sociais. Foi interessante perceber a diferença no tratamento das crianças e aproveitamos para conversar sobre isso com elas. O Tino ainda é muito pequeno (2 anos), mas a Didi (6 anos) já tem uma percepção maior das diferenças religiosas e culturais que observamos durante a viagem, como vestimentas, templos e costumes. O mais bonito de tudo foi perceber como as pessoas convivem com respeito e igualdade, algo que vimos ao longo de toda a Ásia (que visitamos).
Muitos dizem que não vale a pena viajar com crianças pequenas. Eu, pessoalmente, tenho mil razões para discordar. Só pelo fato de elas poderem ver com seus próprios olhos, desde cedo, as diferenças culturais e sociais, e aprender que é possível viver em harmonia mesmo com tantas diferenças, já vale muito! Tenho certeza de que, só por isso, já estamos criando crianças que serão seres humanos um pouco melhores para o mundo!
VIAGEM COM CRIANÇA PEQUENA
Algo que usamos no voo com o Tino é que gostamos bastante é a almofada extensora de assento de avião. Com crianças menores é ainda melhor, pois o bebê fica bem esticado, como ele que estava com 2 anos e 7 meses (e é grandinho), foi super útil também, ele ficou bem mais confortável.
E mais um detalhe, ele é prático de usar (muito melhor do que aquele puff inflável, que já testamos também). E não ocupa muito espaço na mala (e você ainda pode usar como trocador durante a viagem).
O famoso perrengue com criança:
Paramos para almoçar em um dos restaurantes da rua Divan Yolu Cad, e lá, como em toda a cidade, é repleta de gatinhos (nós amamos, afinal, temos 2 em casa). As crianças são superacostumadas com gatos desde que nasceram, porém sempre pedimos para não encostar. Chegou uma entrada, estávamos comendo um pão, a Didi começou a dar para um gatinho filhote que estava embaixo de nossa mesa e ele começou a comer (os gatos mais velhos já não queriam saber de pão...). Tino se animou com a brincadeira, desceu da cadeira e começou a dar pedacinhos de pão também. Em uma dessas... Ele jogou, o gato lambeu e ele pegou de volta e colocou na boca! Isso aconteceu em segundos, não deu tempo de processarmos a informação, só deu tempo de gritar "NÃO". A mulher da mesa ao lado quase teve um treco (falou algo em alguma língua que não identifiquei). Tino e o gato também levaram um susto! Peguei o Tino, dei um banho de álcool em gel nele e, junto com uma bronca sobre não pegar comida do chão... E começamos a torcer que o seguro viagem não precisasse ser acionado tão cedo! E não foi... Mais uma imunidade adicionada com sucesso!
Abaixo a foto da mãe do meliante revoltada com a bronca que o filho levou (o filho sumiu depois do grande NÃO e das frases ditas pela vizinha de mesa)
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