Peru com crianças: roteiro no Vale Sagrado, altitude e visita ao Machu Picchu

Nosso roteiro pelo Vale Sagrado com crianças: dicas, altitude e como foi conhecer Machu Picchu

 A nossa aventura pelo Peru começou de um jeito muito especial: com um voo direto de Curitiba para Lima pela Latam. Para quem é de Curitiba, vocês sabem bem: quase sempre precisamos fazer conexão interna antes de qualquer voo internacional. Então, embarcar direto rumo a outro país foi praticamente um presente! O voo foi ótimo, super tranquilo, e chegamos em Lima cheios de expectativas.


Lima: nossa porta de entrada no país

  Ficamos duas noites em Lima, hospedados em Miraflores, um bairro delicioso para caminhar, comer bem e sentir o clima moderno da cidade. Também aproveitamos para conhecer o Centro Histórico, com suas praças e construções coloniais lindas, e o bairro Barranco, que tem aquele clima artístico, cheio de murais e cafés charmosos.

Foto: arquivo pessoal
  

  Adoramos nossa passagem por Lima! E, aliás, temos um destaque só sobre a cidade lá no Instagram, com várias dicas para quem pretende incluir a capital no roteiro.


De Lima a Cusco: direto para o Vale Sagrado

Depois da nossa curta estadia na capital, embarcamos em um voo de menos de 1 hora para Cusco.

E aqui entra um ponto estratégico do roteiro: não ficamos em Cusco logo de início. Como a cidade está em uma altitude mais alta, nós já havíamos combinado previamente um carro para nos levar direto a Ollantaytambo, no Vale Sagrado.

Isso facilitou muito a adaptação das crianças à altitude e, sinceramente, para nós adultos também!

Ficamos três noites em Ollantaytambo e foi a base perfeita para explorar tudo ao redor.


Ollantaytambo: nossa casa no Vale Sagrado

De cara, nos apaixonamos pela cidadezinha. Ollantaytambo tem ruas de pedra, canais de água cristalina correndo entre as casas e uma tranquilidade que conquista na hora. Parece um pedacinho congelado no tempo, no melhor sentido possível.

O que fizemos por lá:

  • Visitamos as ruínas de Ollantaytambo, enormes e cheias de história

  • Caminhamos pelas ruazinhas do vale

  • Aproveitamos o clima calmo da cidade entre um passeio e outro

  • E comemos muito bem, vários restaurantes maravilhosos!

 

E foi dessa base que fizemos vários passeios do Vale Sagrado, como:

Moray: os círculos agrícolas que parecem uma obra de arte. As crianças amaram correr e explorar, sem perceber que estavam dentro de um laboratório agrícola inca!
Salinas de Maras: mais de 3.000 poços de sal formando um cenário surreal. É uma parada obrigatória!
Foto: Salinas de Maras

Chinchero: um vilarejo autêntico, com tradição têxtil e paisagens lindíssimas.

Foto: Chinchero

Pisac: mercado colorido, ruínas impressionantes e uma energia deliciosa.

E de Ollantaytambo também partimos para realizar o sonho de conhecer Machu Picchu.


Primeiro passo para planejar essa viagem: reservar Machu Picchu

Antes de falar do dia de Machu Picchu, precisamos reforçar uma informação fundamental:

➡️ A primeira coisa a fazer ao planejar uma viagem ao Peru é garantir a data da visita a Machu Picchu.

Os ingressos são super disputados e esgotam com meses de antecedência, especialmente nos circuitos mais desejados.

Nossa dica é sempre contar com a ajuda de um agente de viagens, porque ele te auxilia com datas, circuitos, logística e evita dores de cabeça na organização.


Altitude: como foi para nós e para as crianças

A altitude no Peru é um ponto que precisa ser levado MUITO a sério. Cada organismo reage de um jeito, e isso vale especialmente para viagens com crianças.

Como foi na nossa experiência:

  • Diana (7 anos): não teve falta de ar, mas sentiu náuseas, desconforto na barriga e falta de apetite nos primeiros dias.

  • Tino (3 anos): não sentiu absolutamente nada. Parecia que nem estava nos Andes!

  • Nós, adultos: sentimos bastante falta de ar, principalmente nos esforços simples em Cusco. O Chá de coca: fez diferença para aliviar os sintomas leves.

Lembre-se: cada corpo reage de um jeito. Vá devagar, mantenha-se hidratado e dê um tempo para o organismo se adaptar.


Nosso circuito em Machu Picchu: por que escolhemos o 3

Depois de muitas pesquisas, escolhemos o Circuito 3, que é o mais indicado para:

  • famílias com crianças

  • pessoas com dificuldades de locomoção

  • quem prefere uma rota menos intensa

Mas atenção: isso não significa que seja fácil!
Há muitos degraus e subidas, porém nada absurdo para quem está preparado.

Para nós, o Circuito 3 foi perfeito: um ótimo equilíbrio entre esforço e vistas incríveis (rendendo fotos maravilhosas!).

Cada circuito oferece experiências diferentes, então pesquise bem antes de escolher o seu.


O dia de Machu Picchu

Esse foi um daqueles dias que a gente vai lembrar para sempre.

Começamos cedo, saímos caminhando do nosso hotel até a estação de trem, foram cerca de 15 minutos (nosso hotel ficava ao lado da praça principal de Ollantaytambo, tem um destaque sobre isso em nosso Instagram).

Trem até Águas Calientes

O trajeto dura aproximadamente 2 horas, com uma vista LINDA do rio, das montanhas e de todo o vale. A viagem é tranquila e já coloca a gente no clima do que está por vir.

Ao chegar em Águas Calientes, encontramos nosso guia diretamente na estação.

Chuva, fila e capas de chuva salvadoras

E adivinha? Chovia bastante.
As capas de chuva foram essenciais.

Seguimos para a fila do ônibus, ficamos cerca de 1 hora esperando, mas tudo ocorreu bem e embarcamos no horário marcado.

Foto: Aguas Calientes, fila para o ônibus


Estrada até a entrada

A subida leva cerca de 30 minutos, cheia de curvas e vistas impressionantes.

Dentro de Machu Picchu

Entramos exatamente no horário do nosso circuito e ficamos aproximadamente 3 horas lá dentro.

E o clima? Um presente!

  • a chuva foi embora

  • o sol apareceu

  • o cenário ficou ainda mais mágico

Foi emocionante ver uma das 7 Maravilhas do Mundo diante dos nossos olhos e, sinceramente, dá para entender por que ela leva esse título.

 


Volta tranquila

Na descida, tudo fluiu bem.
Tivemos um tempo em Águas Calientes onde almoçamos em mais um restaurante maravilhoso (amamos a culinária Peruana e cada restaurante era uma surpresa melhor que a outra)

Foto: Águas Calientes


 Voltamos para a estação de trem (passando por várias lojinas), as crianças não viram nem o trem sair e já estavam dormindo.

 Ao chegar em Ollantaytambo, pegamos um tuktuk até o hotel, banho quente e um descanso super merecido.


Encerrando a viagem em Cusco

Depois de Ollantaytambo, seguimos para Cusco, onde ficamos mais 3 dias explorando a cidade, curtindo a praça central, provando comidas deliciosas e conhecendo mais sobre a cultura peruana.

Foto: Cusco
Valeu a pena?

Cada segundo.

O Vale Sagrado é um destino completo, cheio de cultura, história, beleza natural e experiências únicas para adultos e crianças.
Se você pensa em levar sua família para essa aventura, vá sem medo e com um bom planejamento, claro!



RESUMO DOS DIAS

2 noites em Lima: hospedagem em Miraflores
3 noites em Ollantaytambo: tempo para conhecer vários atrativos do Vale Sagrado e Machu Picchu
3 noites em Cusco: no dia de sair de Ollantaytambo para Cusco, aproveitamos para passear nos atrativos do caminho e também deixar um tempo livre para andar sem destino pelas ruas de Cusco, visitar museus etc.

IMPORTANTE: Fizemos essa viagem em novembro de 2026, qundo começa a baixa temporada (época de chuva). Tivemos muita sorte e em nenhum momento a chuva que pegamos atrapalhou o nosso passeio.


escrito por Carol Canabal - @explorandocomeles

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